sexta-feira, 8 de julho de 2011


A Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude oferece a pós-graduação: Juventude no Mundo Contemporâneo, sob a coordenação da Casa da Juventude Pe. Burnier - CAJU.

Esta especialização surge das demandas e dos desafios que emergem na prática cotidiana com os/as jovens, nas atividades educativas formais e não formais. Atuar com os/as jovens exige competência conceitual e metodológica que assegure conhecimento sobre as dimensões sociais, culturais, econômicas e políticas da condição juvenil. A Pós-Juventude considera a cultura juvenil e o jovem como protagonista social, buscando novos referenciais para a garantia de direitos e a construção de “um outro mundo possível”.

OBJETIVOS

  • Aprofundar o conhecimento teórico, prático e científico sobre a juventude contemporânea.

  • Possibilitar debates e reflexões das práticas metodológicas e das políticas públicas, capacitando profissionais para a promoção de estratégias de atuação junto aos/às jovens.

  • Desenvolver estudos e pesquisas sobre Juventude, tendo em vista a produção científica acerca da temática juvenil.

    LOCAL
    Goiânia – Goiás / Brasil

    DESTINATÁRIOS
    Profissionais vinculados às áreas de educação, serviço social, psicologia, sociologia, direito, agentes de pastoral, gestores de políticas públicas, escolas e projetos sociais, Conselheiros/as Tutelares e de Direito, e outras áreas afins ao campo juvenil.

    INVESTIMENTO
    R$ 4.260,00 - 12 parcelas de R$ 355,00

    DURAÇÃO
    Módulo I – 09 a 27 de janeiro de 2012
    Módulo II - 02 a 26 de julho de 2012
    Módulo III - 07 a 25 de janeiro de 2013

    FREQUÊNCIA E CARGA HORÁRIA

    Aulas em período integral: 2ª a 6ª feira, das 08:00h às 12h e das 14h às 18h. E aos sábados, das 08:00h às 12h. De acordo com a Resolução nº 01/2001 do Conselho Nacional de Educação, a frequência mínima é de 75% (setenta e cinco por cento). Nota mínima 7,0 (sete).
    Carga horária: 410 horas

    DISCIPLINAS
    Juventude Comunicação e Linguagem 30h
    Contemporaneidade e Juventude 20h
    O/a Educador/a de Adolescentes e Jovens 20h
    Gênero e Etnia 28h
    História dos Jovens na América Latina 30h
    Instituições e Formação de Jovens 28h
    Juventude e Religião 20h
    Metodologia de Pesquisa em Juventude 28h
    Metodologia do Trabalho com a Juventude 28h
    Políticas Públicas de Juventude 28h
    Psicologia da Adolescência e Juventude 28h
    Saúde do Adolescente e da Juventude 30h
    Socialização de monografia, artigo 16h
    Sociologia da Juventude 28h
    Seminário 12 anos da Pós-Juventude 24h
    Monografia/Artigo 24h
    Visitas de Campo

    CORPO DOCENTE
    Alexandre Piero (Especialista em Juventude)
    Carmem Lúcia Teixeira (Mestra em Ciências da Religião)
    Flávio Munhoz Sofiati (Doutor em Ciências Sociais)
    Hilário Henrique Dick (Doutor em Letras)
    Janira Sodré Miranda (Doutora em História)
    Liciana Caneschi (Doutoranda em Psicologia)
    Janaina Firmino (Especialista em Juventude)
    Fabiane Asquidamini (Especialista em Juventude)
    Renato Souza Almeida (Mestre em Ciências Sociais)
    Rezende Bruno de Avelar (Doutorando em Sociologia)
    Vanildes Gonçalves dos Santos (Mestra em Ciências Sociais)
    Walderes Lima Brito (Doutorando em Sociologia)
    Solange dos Santos Rodrigues (Mestra em Sociologia)
    Gardene Leão de Castro Mendes (Mestra em Educação)
    Wolney Fernandes de Oliveira (Mestre em Cultura Visual)
    Convidados/as

    VAGAS
    O curso oferece 40 vagas

    REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO
    - Duas fotos 3x4
    - Preenchimento da ficha de inscrição
    - Cópia autenticada do diploma de graduação ou declaração de conclusão do curso
    - Cópia autenticada da carteira de identidade e CPF
    - Cópia de Comprovante de endereço
    - Cópia do Curriculum Lattes
    - Pré-projeto: tema, objeto, justificativa, objetivo geral, objetivos especifico, referencial teórico e bibliográfico, metodologia, cronograma. Fonte: Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, mínimo de 06 páginas e máximo 10.
    - Ficha de inscrição (www.casadajuventude.org.br), link da pós-juventude

    INSCRIÇÕES
    Até 15 de outubro de 2011
    Taxa de inscrição: R$ 40,00

  • Inscreva-se aqui

    CONTA BANCÁRIA
    Banco do Brasil - Favorecido: AJEAS – Especialização Juventude - Agencia: 3311-1 Conta Corrente: 526792-7 Enviar cópia do comprovante de pagamento da inscrição para a Secretaria.

    SELEÇÃO
    Período: 16 e 19/10/2011 Resultado: 20/10/2011

    Secretaria de Pós-Juventude
    11ª. Avenida, 953, Setor Universitário. CEP- 74605-060 - Goiânia - Goiás - Brasil
    Fone: (62) 4009-0339 / Fax: (62) 4009-0315
    E-mail: posjuventude@casadajuventude.org.br
    Site: www.casadajuventude.org.br

    COORDENAÇÃO
    Casa da Juventude Pe. Burnier – CAJU – Goiânia - GO
    27 anos de experiência na Formação, Assessoria e Pesquisa sobre Juventude

    COORDENADOR DO CURSO:
    Ms. Lourival Rodrigues da Silva

    SECRETÁRIA:
    Erika Pereira dos Santos

  • PROMOÇÃO
    REDE BRASILEIRA DE CENTROS E INSTITUTOS DE JUVENTUDE
    Apoio e serviço às organizações de juventude através da formação, assessoria e pesquisa.

    Material de Divulgação

    Documentos da Pós em Juventude:

  • Documentos para alunos/as da Pós-Graduação em Juventude
  • terça-feira, 19 de abril de 2011

    A Juventude Quer Viver - Condição Juvenil e Redes de Proteção em Goiás

    A Juventude Quer Viver - Condição Juvenil e Redes de Proteção em Goiás print E-mail






    As Editoras Casa da Juventude e PUC Goiás lançam o livro “A JUVENTUDE QUER VIVER - CONDIÇÃO JUVENIL E REDES DE PROTEÇÃO EM GOIÁS”, 2º volume da coleção “Juventude e Perspectivas”, organizado por Carmem Lúcia, Lourival Rodrigues e Mirian Fábia.

    O livro faz um cruzamento de dois olhares: o da juventude com o seu modo de ser, suas alegrias, medos e perguntas; e o dos pesquisadores/as, com análise de dados, escuta dos/as jovens e as reflexões da pertinência da temática na academia goiana.

    A obra faz a socialização de parte da pesquisa “Organizações Juvenis e Redes de Proteção Social: o caso dos grupos de jovens envolvidos com a Campanha ‘A Juventude Quer Viver’”, realizada pelo Setor de Pesquisa da Casa da Juventude Pe. Burnier, Pontifícia Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás.

    A pesquisa filia-se à Rede de Educação de Jovens e Adultos e Formação Profissional, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG). Chamada Pública n. 007/2008. Programa de Fortalecimento da Ciência: pesquisa em Gênero, Relações Étnico-Raciais e Grupos Sociais.

    Estudiosos/as, pessquisadores/as e assessores/as que trabalham com jovens não podem deixar de conhecer a publicação!

    Investimento: R$ 16,00.

    As encomendas podem ser feitas na Casa da Juventude: recepcao@casadajuventude.org.br ou (62) 4009-0339.
    Maiores informações também podem ser obtidas neste contato.

    Condição Juvenil em Goiás: uma pesquisa em caminho

    Condição Juvenil em Goiás: uma pesquisa em caminho print E-mail

    Aconteceu, na CAJU, no dia 13 de abril, o primeiro Seminário sobre A Condição Juvenil em Goiás, parte de um processo mais amplo que acontece na instituição. A realização do evento é parte da tarefa do acompanhamento aos projetos da Casa, de modo especial aos sujeitos destinatários dos projetos. E, também, de uma pesquisa iniciada em 2009, sobre a Condição Juvenil em Goiás, com uma primeira parte concluída com o apoio da FAPEG, através da Rede de Pesquisadores (CAJU, PUC e UFG). No início deste ano, foi publicado um livro com vários artigos e um DVD, um livro com o resultado das Rodas de Conversas que tratou do tema “Como é ser jovem hoje”.
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    Na parte da manhã, aconteceu um encontro com os/as responsáveis pelo projeto de Afetividade e Sexualidade para refletir os possíveis caminhos para os dados organizados. O grupo apresentou a coleta de informações realizada no Seminário dos 18 anos do curso. Os dados estão tabulados e já há no grupo um desejo de conhecer melhor a ação que desenvolvem em mais de 20 anos do projeto. A equipe está em fase de organizar o projeto discutindo quais categorias deseja aprofundar e qual é o foco da reflexão. Eles/as irão definir esta temática e apresentar o caminho e também vão sugerir o processo de elaboração e produção de produtos a partir desta investigação. Pontuou-se o desejo de envolver outras pessoas para a busca de dados e elaboração da reflexão: estado da arte da afetividade e sexualidade, conceito de afetividade...

    Na parte da tarde, participaram 10 pessoas, responsáveis pelos projetos, coordenação do núcleo de formação e coordenação geral. Este exercício, em sintonia com o Projeto Político Pedagógico, elaborado coletivamente pelos/as educadores/as da CAJU, neste ano, vai criando força e gerando maior unidade na ação. O desejo de ampliar o nosso conhecimento sobre os/as adolescentes e jovens para que a ação desenvolvida em cada um dos projetos desenvolva processos educativos que sejam críticos, criativos e cuidantes e, de tal modo, que gere autonomia nos sujeitos jovens provocando a transformação de suas vidas e do contexto social que lhes tocam viver. Tarefa prioritária é preparar educadores/as para o trabalho com a juventude.
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    Os/as adolescentes e jovens que frequentam os projetos oferecidos na CAJU são de várias cidades do Brasil, caracterizando seu alcance nacional, porém as cidades de maior presença são: Goiânia, Aparecida e Senador Canedo. Também se constata pelos dados que a maioria é de adolescentes negros, pardos e mulatos, abaixo de 18 anos, mulheres e com rendimento abaixo de 2 salários mínimos. Estes dados se referem aos projetos que já iniciaram em 2011; ou seja, 6 projetos tanto de atendimento direto como da formação de lideranças que também atendem à Política Social de Assistência e à ação pastoral junto à juventude. Estas informações preliminares que fazem parte da ação do acompanhamento dos/as jovens e de suas condições familiares, de escolaridade e de trabalho vão provocando em nós, educadores/as, temas que necessitam ser pautados, tais como: a questão da raça, o debate sobre a questão de gênero, o papel da mulher na sociedade, a questão da religião, dos projetos de vida, dos direitos sociais, entre outros, que tocam a vida dos/as adolescentes e jovens que participam de nossos projetos para que a ação da CAJU provoque intervenções concretas em suas vidas e no contexto onde estão inseridos/as.

    Esse caminho de conhecimento sobre a condição juvenil tem, ao longo de 2011, várias atividades, assim como os dados devem ser mais bem tratados e organizados, inclusive com outros instrumentos junto a cada um dos projetos. Em maio está previsto um segundo momento de estudo coletivo, nos dias 11 e 12, quando será retomada a pesquisa realizada em 2010 através dos instrumentos produzidos (livro e DVD) através da rede de pesquisadores que está constituída sobre o tema.

    Carmem Lucia Teixeira
    Coordenação do Núcleo de Formação da CAJU

    MANIFESTO CONTRA A VIOLÊNCIA E EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

    Com o objetivo de denunciar uma série de crimes praticados por grupos de extermínio em Goiás e exigir do poder público medidas urgentes no que se refere à proteção de militantes de direitos humanos que vêm sendo ameaçados na região, foi lançado, na última sexta-feira (15/04), em Brasília, o Manifesto contra a Violência e em Defesa dos Direitos Humanos em Goiás.

    Participe! clique aqui


    Maria das Graças Figueiredo da Silva

    Pós graduanda em Juventude no Mundo Contemporâneo

    sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

    MJ divulga Mapa da Violência 2011

    Brasília, 23/02/2011 (MJ) – Será lançado nesta quinta-feira (24), no Ministério da Justiça, em Brasília, o Mapa da Violência 2011 – Os Jovens do Brasil. A divulgação será às 10h, na Sala de Retratos do edifício sede, e contará com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

    Elaborado pelo Instituto Sangari, em parceria com o Ministério da Justiça, o estudo traz um diagnóstico sobre como a violência tem levado à morte brasileiros, especialmente os jovens, nos grandes centros urbanos e também no interior.

    Coordenado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o estudo servirá de subsídio a políticas públicas de enfrentamento à violência. O estudo, que tem como fonte os dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, aponta o crescimento das mortes de jovens por homicídio, acidentes de trânsito e suicídio.

    Versão completa
    (PDF - 3.4MB)

    Sumário executivo (PDF - 2.1MB)

    postado por Onivaldo Dyna, pós-granduando em juventude contemporânea.

    quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

    Desemprego é fenômeno da população mais jovem

    O desemprego é um fenômeno da população mais jovem, segundo Bruno Marques, técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante divulgação de dados sobre o mercado de trabalho brasileiro. Levantamento apresentado nesta quarta-feira pelo instituto revelou que a maior parte das pessoas que estão fora do mercado, apesar de se esforçarem para integrá-lo, está com idade entre 18 e 29 anos.

    A reportagem é da Agência Estado, 16-02-2011.

    Embora esse grupo responda por apenas cerca de 30% da amostra do instituto, perfazem 54% dos desempregados. A pesquisa detectou que cerca de 45% dos desempregados está procurando trabalho há mais de seis meses. Dentro deste grupo, quase um quarto das pessoas está na condição de desempregado há mais de um ano.

    "Uma parcela importante dos desempregados encontra-se, portanto, exposta ao desemprego de longa duração, situação preocupante tendo em vista a possível perda de habilidades e vínculos profissionais que daí decorre", afirmou a sondagem do Ipea.

    Marques salientou, porém, que a cobertura do seguro-desemprego é de no máximo cinco meses, com média de quatro meses, o que identifica uma lacuna em termos de proteção social. "O seguro-desemprego deixa de cobrir uma parcela significativa de pessoas e é uma questão que se precisa estudar", afirmou o técnico do Ipea à imprensa.

    A pesquisa verificou também que as expectativas salariais para esse grupo de pessoas são relativamente baixas, já que mais de 40% dos participantes responderam aceitar um valor igual ou até menor do que o salário mínimo atual (R$ 510). Cerca de um quarto dos entrevistados identificaram a falta de qualificação ou experiência como o principal obstáculo nas seleções de emprego.

    Negócio próprio

    Poucos participantes da pesquisa, segundo o Ipea, mencionaram o desejo de abrir um negócio próprio, que seria uma alternativa ao emprego assalariado. "Em outros países, esta resposta provavelmente teria um peso maior. No Brasil, a porcentagem é baixa", comparou Amorim.

    Segundo ele, o peso da situação da economia é um dos itens mais importantes para se ampliar o mercado de trabalho na avaliação dos que participaram da pesquisa do instituto. "Há a percepção de que a economia crescendo, com pessoas comprando, é muito mais importante para melhorar a situação do que o crédito e os impostos", explicou.

    Dos que atuam por conta própria, o Ipea identificou que é baixa a contribuição com a Previdência Social. Para a maioria, porém, a não contribuição tem uma explicação clara: a consideração de que o rendimento é baixo. "Resumidamente, dizem que não têm renda para contribuir. Isso dá para ver como a questão da renda é importante. Apenas 6% acham que o valor pago pelo benefício é baixo. Ou seja, as pessoas querem contribuir, mas acham que não tem renda para tal", observou Amorim.

    Para ler mais:

    *
    O trabalho visto a partir dos jovens pobres. Entrevista especial com André Langer
    *
    Baixa qualificação faz com que desemprego seja maior entre os mais pobres
    *
    Pobres representam quase 55% dos desempregados


    in Instituto Humanitas Unisinos, dia 17 de fevereiro de 2011.

    Postado por Onivaldo Dyna, pós-graduando em Juventude Contemporânea.

    sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

    O estado das universidades brasileiras

    Nossa juventude está sendo bombardeada por mensagens que endeusam o chamado "empreendedorismo". Os recipientes são estudantes das engenharias e ciências da computação, como também físicos, químicos e biólogos. Os apelos ao empreendedorismo deixam de mencionar que uma empresa de base tecnológica depende do aparecimento de uma idéia que não surge do ar, mas é pacientemente garimpada entre princípios científicos, experimentos e, principalmente, conhecimento de causa. O artigo é de Maurizio Ferrante.

    Depoimento de um experiente leitor de quadros de avisos

    Uma fonte de informações interessantes do estado atual da academia é representada pelos quadros de avisos de universidades. Entre anúncios tipo - aluga-se vaga em república feminina, vendem-se bicicleta com 12 marchas, geladeira semi-nova e um Gol 1998 em bom estado - aparecem chamadas vagamente relacionadas com estudo e carreira; por exemplo, avisos de palestras e cursos.

    Um tema que vem aparecendo mais e mais nos quadros de aviso, mas também em jornais e revistas que de vez em quando se ocupam de educação e afins, é o empreendedorismo. Assim mesmo: com dois ‘és’. Todos nós sabemos do que se trata: uma atitude independente e corajosa, que pressupõe espírito de iniciativa, destemor ao risco e, por fim, conhecimento técnico, atitudes “manageriais” e um bocado de ambição.

    Com minha longa experiência de quadros de aviso de universidades posso atestar que nossa juventude está sendo bombardeada por mensagens que endeusam a tal atitude. Os recipientes são estudantes das engenharias e ciências da computação, como também físicos, químicos e biólogos. Não consigo me livrar da impressão de que as mensagens carreguem a silenciosa premissa de que seguir uma carreira acadêmica ou fazer carreira, primeiro em chão de fábrica e depois em atividades mais estratégicas, seja próprio dos menos capazes. Talvez esteja sendo injusto, mas é o que implica a adjetivação utilizada, que recobre de méritos o engenheiro (ou químico, ou físico...) empreendedor, e lhe aponta como inevitável o sucesso de sua pequena empresa, invariavelmente de base científica e com grande carga de inovação.

    Em torno dessa idéia, a partir de 1984 começam a nascer os parques tecnológicos, que hoje no Brasil são mais de duzentos (na minha cidade tem dois), alimentados por diversos tipos de financiamento; CNPq, Secretaria de Ciência e Tecnologia dos Estados, etc., e cujo desempenho – perdas e ganhos – nunca foi apresentado aos pagadores de imposto. Notável é a ausência quase que completa de capital de risco provindo de grandes empresas ou mesmo de investidores pessoas físicas.

    Sabemos que o tempo presente é a era dos serviços, natural sucessora da era da indústria, e o empreendedorismo, alardeado como a vocação dos mais capazes, passou a formar um mercado per se, sobre o qual se pode ganhar dinheiro. Isso levou à proliferação de parques tecnológicos, incubadeiras de novas empresas e entes do tipo, que logicamente necessitam de presidentes, diretores e administradores, perpetuando-se assim o ciclo do existo porque existo e quero continuar existindo. Das empresas amparadas por esses Parques e incubadeiras sabe-se pouco, e as perguntas que se colocam são: qual a taxa de mortalidade – Suíça ou de terceiro mundo? Qual o peso econômico das empresas? Qual o seu nível tecnológico médio?

    Lembro-me de quando visitei a Feira de um desses Parques, e surpreso me deparei com o estande de uma (hoje falida) fábrica de tratores exibindo o seu já então vetusto produto. Naturalmente há exceções, e muitas, e pontos de vista diferentes, mas a intenção deste artigo não é tanto discutir os prós e contras do empreendedorismo no plano econômico ou no de formador de estruturas tecnológicas consistentes, como de levantar questões sobre o efeito que esse pesadissimo marketing da carreira possa ter sobre os estudantes.

    Os apelos ao empreendedorismo deixam de mencionar que uma empresa de base tecnológica depende do aparecimento de uma idéia que não surge do ar, mas é pacientemente garimpada entre princípios científicos, experimentos e, principalmente, conhecimento de causa. Lembro que em uma eleição passada, o mote que acompanhava um dos candidatos era “deixe o homem trabalhar”. Eu adaptaria essa frase aos estudantes universitários (e secundaristas também): “deixem o estudante estudar em paz”. Sem o distrair continuamente com palestras de empreendedorismo, ou de como elaborar um curriculum vitae, escrever uma patente, e coisas do tipo. Tudo isso está sendo ministrado antes do tempo, e os que seguem essa sereia (porque é mais fácil ouvi-la do que espremer o cérebro sobre um texto de termodinâmica) acabam perdendo a oportunidade de se preparar melhor e fundamentar melhor suas idéias, que aí sim serão criativas.

    A falta de engenheiros no Brasil é muito grande; formamos 30.000 profissionais por ano, pouco se comparado com a China – 400 mil; Índia – 250 mil, e Coréia do Sul – país pequenino com 50 milhões de habitantes que forma 80 mil engenheiros. A urgência é grande, e uma meta da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – órgão do MEC) é a evolução daqueles 30 mil para 40 mil nos próximos três anos. Esses números dão razão à CNI (Confederação Nacional da Indústria) que prevê um excesso de 150 mil vagas em setores técnicos.

    Mas além da questão quantitativa, há a qualitativa: José Roberto Cardoso diretor da Escola Politécnica da USP faz notar que "... só um entre quatro engenheiros possui formação adequada...”. De fato, dependendo de como se contam há 1.087 cursos no país, dos quais a metade em escolas particulares, e uma olhada nas notas do ENADE dessa metade explica as palavras do professor.

    Se ainda por cima desviamos antes do tempo um porcentual de estudantes desse mercado, e o distraímos com falsas e anti - tempo preocupações, não estamos colaborando muito com a solução dos problemas, estamos?

    (*) Professor do Departamento de Engenharia de Materiais, na Universidade Federal de São Carlos.


    Postado por Onivaldo Dyna, pós-graduando em Juventude Contemporânea

    quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

    Conheça e assine a Revista Redemoinho - uma revista para especialistas em juventude


































    Contato: revistaredemoinho@gmail.com

    Especialistas em Juventude debatem Juventude, Instituições e novas formas de Engajamento Juvenil

    A relação dos adolescentes e jovens com as Instituições formais da sociedade (como família, Igreja e Escola) e também as próprias organizações juvenis e suas mobilizações desinstitucionalizadas têm sido debatidas no Curso de Especialização em Juventude no Mundo Contemporâneo, na disciplina Instituições e Formação de Jovens, ministrada pela Professoa Vanildes Gonçalves dos Santos. Para aprofundar o debate, a 6ª Turma do Curso, que faz o terceiro e último módulo presencial no mês de janeiro, participou, nesta segunda-feira (17) de um painel sobre experiências juvenis na organização de suas próprias instituições ou ações coletivas.

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    Participaram do painel Marcelo Perilo, representante do coletivo “Colcha de retalhos: a UFG saiu do armário”, um grupo que atua com questões sobre sexualidade, identidade de gênero e combate a homofobia. Lázaro Rodrigues, da “Associação Cultural de Bonfinópolis - Cultura 36”, que promove atividades culturais com jovens do município. Hélio Martins, Hermínia Carvalho, Karina e Gilmar do “INSEJ” (Instituto Socio-educativo Juvenil), ONG que realiza atividades culturais e educacionais com jovens.

    Dentre os muitos desafios apresentados pelos/as jovens, a gestão das organizações destaca-se. Os/as jovens apresentaram suas dificuldades com os esquemas burocráticos que atravessam as instituições, na busca por recursos e organização estrutural. Há ainda a busca de outros modelos de organização que não sintonizam com os modelos hierárquicos das instituições tradicionais. É o caso do Grupo “Colcha de Retalhos”, que se organiza como um coletivo, numa estrutura horizontal sem hierarquias, o que, segundo Marcelo, tem ônus e bônus. "Não fomos cooptados por nenhuma instituição nem fomos instrumentalizados por nenhum movimento social ou partido político, mas temos dificuldades de conseguir recursos por não ter um cnpj", diz.

    Vencer a desconfiança do mundo adulto e conquistar credibilidade é outro desafio trazido por alguns dos/as jovens. As dificuldades de relação com as instituições formais, como o Estado e a Igreja são trazidas por eles/as. Ao mesmo tempo, ao falar da origem de suas motivações para organizar seus grupos, Lázaro e Hélio falam da Pastoral da Juventude e Pastoral da Juventude do Meio Popular, organizações da Igreja Católica, e Marcelo fala da Universidade, outra instituição tradicional. Apresentam, no entanto, as dificuldades de conciliação com a estrutura eclesial e os interesses e as formas de organizar seus grupos. Sobre sua filiação religiosa, Lázaro afirma "não me sinto Igreja, me sinto cristão".

    As organizações dos/as jovens são marcadas por alguns traços que possibilitam confrontar os modelos tradicionais das agências socializadoras: família, escola e Igreja.

    A própria iniciativa

    As organizações juvenis partem de iniciativas problematizadoras deles/as próprios/as, a partir de temas e demandas que os/as tocam de alguma forma. "Os primeiros projetos nossos eram nossos próprios anseios, como fazer cursinho pré-vestibular". São organizações que ganham significados deles/as mesmos, enquanto família, Igreja e escola são instituições imbuídas de significados históricos, que os precedem.

    Os sonhos e a percepção de um modelo de sociedade marcam as ações desses/as jovens e pautam novidades temáticas para o mundo do qual desejam fazer parte. "A discussão da sexualidade precisa ser considerada tão importante quanto outras categorias para compreensão da sociedade: trabalho, gênero e classe", comenta Marcelo.

    Os/as jovens apresentam elementos de suas organizações que revelam marcas das novidades e continuidades na organização institucional. A formação de redes, a laicidade e suprapartidarismo são marcas das novas formas de organização, presentes de modo especial nas organizações juvenis. Ao mesmo tempo, as marcas da burocracia e da hierarquia seguem marcando algumas dessas organizações, seja por não os questionarem devido às obrigações jurídicas às quais estão atreladas as possibilidades de captação de recursos. As novidades, no entanto, têm impactado, inclusive, a proposição das políticas públicas, seja no que diz à captação de recursos, ou nos canais abertos de diálogo com os poderes instituídos.

    Sobre a Especialização: O Curso de Pós-graduação é realizado pela Rede Brasileira de Centros e Institutos de Juventude, sob coordenação da Casa da Juventude Pe. Burnier. Mais informações, acesse: www.pos.redejuventude.org.br.

  • Vanessa Aparecida Araújo Correia, jornalista, estudante da 6ª turma de Especialização em Juventude.
  • Rafael Parente Sá Martins, historiador, estudante da 6ª turma de Especialização em Juventude.
  • quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

    Juventude em face da Globalização

    É sempre uma tendência das pessoas, instituições, grupos de jovens, etc querer compreender o fenômeno juvenil e suas expressões na sociedade atual. Para tal, é necessário antes de tudo, compreender a presença da juventude no contexto social e como a mesma foi sendo produzida em meio as questões emergentes de cada época. Talvez assim, conseguiremos com mais facilidade compreender melhor o que vem a ser a juventude no contexto social contemporâneo.
    E para provocar essa temática, "um tira gosto" que apresenta algumas tendências da cultura juvenil no contexto da globalização.

    Por José Aniervson Santos
    Especializando em Juventude
    Presidente do IPJ/Surubim

    terça-feira, 18 de janeiro de 2011

    carta a mãe africa

    (Brasil, 2010, 23 min. - Rafael Bessa)

    Documentário que trata sem rodeios a questão racial no Brasil, os vários mitos para se tentar driblar a noção de racismo, as tentativas de se sabotar a compensação ou outras políticas sociais que tentem reparar 400 anos de Estado escravocrata. O documentário guia-se pela letra da música "Carta A Mãe África" do rapper brasiliense GOG, seguindo para os depoimentos de artistas e intelectuais sobre a questão.

    Carta A Mãe África from rafael bessa on Vimeo.



    postado por Onivaldo Dyna, especializando em juventude contemporânea.

    domingo, 16 de janeiro de 2011

    O Estado da Arte sobre juventude na pós-graduação brasileira:Educação, Ciências Sociais e Serviço Social (1999-2006) - vols. I e II

    A coletânea, organizada em dois volumes, é resultado de pesquisa nacional desenvolvida em rede e coordenada pela pesquisadora Marilia Sposito (USP) sobre o produção de conhecimentos discente de Mestrado e Doutorado no tema Juventude.
    A pesquisa fez um levantamento de teses do Portal Capes no período de 1999 até 2006, nas áreas da Educação, Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia) e Serviço Social. Além disso, produziu artigos sobre diferentes eixos temáticos. A publicação dos dois volumes deste livro foi possível com o apoio do Projeto Diálogos com o Ensino Médio, uma parceria iniciada no ano de 2009 entre o Observatório da Juventude da UFMG, o Observatório Jovem da UFF e a Secretaria de Educação Básica do MEC.

    Para baixar estes dois livros cliques nos linkes respectivos. Ter paciencia que demora um pouco.
    http://www.uff.br/observatoriojovem/sites/default/files/documentos/EstadoArte-Vol-1-LivroVirtual.pdf
    http://www.uff.br/observatoriojovem/sites/default/files/documentos/EstadoArte-Vol-2-LivroVirtual.pdf

    Postado por Onivaldo Dyna, pós-graduando em Juventude Contemporanea.

    Diga não a "Belo Monte"

    O Presidente do IBAMA se demitiu ontem devido à pressão para autorizar a licença ambiental de um projeto que especialistas consideram um completo desastre ecológico: o Complexo Hidrelétrico de Belo Monte.

    A mega usina de Belo Monte iria cavar um buraco maior que o Canal do Panamá no coração da Amazônia, alagando uma área imensa de floresta e expulsando milhares de indígenas da região. As empresas que irão lucrar com a barragem estão tentando atropelar as leis ambientais para começar as obras em poucas semanas.

    A mudança de Presidência do IBAMA poderá abrir caminho para a concessão da licença –- ou, se nós nos manifestarmos urgentemente, poderá marcar uma virada nesta história. Vamos aproveitar a oportunidade para dar uma escolha para a Presidente Dilma no seu pouco tempo de Presidência: chegou a hora de colocar as pessoas e o planeta em primeiro lugar. Assine a petição de emergência para Dilma parar Belo Monte –- ela será entregue em Brasília, quando conseguirmos 150.000 assinaturas.

    Eu já assinei: e você?
    Contribua para proteger o planeta com um clique!

    Por: Walderes Brito
    Estudante de doutorado em Sociologia

    quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

    Programa de TV QUARTO MUNDO


    Olá! Aqui está nosso primeiro post do ano de 2011. É uma indicação de programa de TV feito por jovens e que vale a pena conhecer. Para quem está fora da cidade de São Paulo vale conferir o programa via internet como esta indicado no final do release feito pelo pessoal do próprio programa e que segue abaixo! Conheça tambem o Blog do Programa: http://quartomundotvusp.blogspot.com/
    Bem vindo ao nosso Blog em 2011!

    "Quarto Mundo é um programa de televisão feito por jovens e adolescentes moradores da Região da Grande São Paulo. Realizado pela TV USP, em parceria com a Viração, os jovens e adolescentes recebem formação especifica de audio visual, jornalismo, entre outras temáticas para realização do programa. Os participantes têm de 13 a 21 anos, e são todos e todas estudantes do Ensino Médio. E são eles e elas que constroem coletivamente cada passo do programa, desde a pauta, a apresentação e até a gravação.


    Onde? Na TV USP (canal 11 da NET, 71 da TVA e 187 da TVA Digital)

    Quando? quinta-feira às 22h

    Agora contando com a veiculação via streaming do canal universitário no site www.cnu.org.br/aovivo.asp
    Não tem como ver via televisão? Não perca o horário via internet!"


    Postado por Onivaldo Dyna, pós-graduando em Juventude Contemporânea.