Hoje, dia 19 julho de 2010, continuamos nossas aulas de Pós-Graduação em Juventude Contemporânea. Esta Pós-Graduação é composta de três módulos e estamos na última semana do segundo módulo. Nesta manhã continuamos com a disciplina de Juventude, Comunicação e Linguagem, com o Professor Walderes Brito e estamos estudando alguns textos de Stuart Hall do livro “Da Diáspora- Identidades e Mediações Culturais, Editora UFMG, 2009. Nos vários temas debatidos em sala de aula, um deles foi a questão do referencial masculino/feminino. É costume dizer “Quando falo homem, a mulher está incluída". Além do livro acima recomendo a leitura do livro de Paulo Freire, “Pedagogia da Esperança”, principalmente as páginas 34 e 35. O livro está disponível para download no seguinte endereço:http://www.cipedya.com/web/FileDownload.aspx?IDFile=101886
Resumo do Livro: http://pt.shvoong.com/books/1749323-pedagogia-da-esperan%C3%A7a/)
A Pedagogia da Esperança, Paulo Freire
Paulo Freire, pensador brasileiro, é autor de uma vasta obra que, ultrapassando as fronteiras do país, espalhou-se por diferentes países da Europa, da América e da África.
Segundo Paulo Freire, a educação é uma prática política tanto quanto qualquer prática política é pedagógica. Não há educação neutra. Toda educação é um ato político. Assim, sendo, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus alunos tendo como horizonte um projeto político de sociedade. Os professores, são, portanto, profissionais da pedagogia da política, da pedagogia da esperança.
Sua pedagogia tem sido conhecida como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da Liberdade, Pedagogia da Esperança. Paulo Freire é autor de uma vasta obra, traduzida em vários idiomas. Em seus trabalhos, Freire defende a idéia de que a educação não pode ser um depósito de informações do professor sobre o aluno. Esta "pedagogia bancária" , segundo Freire, não leva em consideração os conhecimentos e a cultura dos educadores. Respeitando-se a linguagem, a cultura e a história de vida dos educandos pode-se levá-los a tomar consciência da realidade que os cerca, discutindo-a criticamente. Conteúdos, portanto, jamais poderão ser desvinculados da vida.
Tanto quanto Freinet, Paulo Freire cultiva o nexo escola/vida, respeitando o educando como sujeito da história. As pessoas podem não ser letradas mas todas estão imersas na cultura e, quando o educador consegue fazer a ponte entre a cultura dos alunos, estabelece-se o diálogo para que novos conhecimentos sejam construídos.
A base da pedagogia de Paulo Freire é o diálogo libertador e não o monólogo opressivo do educador sobre o educando. Na relação dialógica estabelecida entre o educador e o educando faz-se com que este aprenda a aprender. Paulo Freire afirma que a "leitura do mundo precede a leitura da palavra", com isto querendo dizer que a realidade vivida é a base para qualquer construção de conhecimento. Respeita-se o educando não o excluindo da sua cultura, fazendo-o de mero depositário da cultura dominante. Ao se descobrir como produtor de cultura, os homens se vêem como sujeitos e não como objetos da aprendizagem.
A partir da leitura de mundo de cada educando, através de trocas dialógicas, constroem-se novos conhecimentos sobre leitura, escrita, cálculo. Vai-se do senso comum do conhecimento científico num continuo de respeito.
A educação, segundo Freire, deve ter como objetivo maior desvelar as relações opressivas vividas pelos homens, transformando-os para que eles transformem o mundo.
Paulo Freire é um educador com profunda consciência social. Mais do que ler, escrever e contar, a escola tem tarefas mais sérias - desvelar para os homens as contradições da sociedade em que vivem. Paulo Freire além de sua obra de pensador, tornou-se conhecido pelo método de alfabetização de adultos que criou, conhecido como Método de Alfabetização Paulo Freire.
Onivaldo Dyna – especialista em juventude.
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